No dia 20 de janeiro de 1971, a ditadura militar brasileira deixou uma marca de sangue e silêncio em sua história. Agentes armados invadiram uma casa no Leblon e levaram Rubens Paiva, ex-deputado federal pelo PTB e crítico feroz do regime.
Sem mandado, sem explicações, apenas com a força do terror institucionalizado, arrastaram-no para um futuro incerto. Rubens nunca mais foi visto.
Sua família foi presa, sua casa revirada, sua dignidade esmagada.
As versões oficiais apresentadas pelo exército eram farsas. A última alegava que ele havia sido resgatado por terroristas.
Décadas depois, documentos encontrados em 2012 desmentiam as alegações e provaram que Rubens Paiva foi torturado até a morte pelos agentes do Estado.
Seu corpo desapareceu, assim como tantos outros que desafiaram a ditadura. Mas as perguntas permanecem: o que aconteceu com o corpo de Rubens Paiva? Quem estava diretamente envolvido em sua morte? Por que os culpados permanecem impunes? E, sobretudo, por que ainda somos incapazes de enfrentar, por completo, os fantasmas de nossa história?
Hoje, revisitamos o caso que marcou uma era e se tornou símbolo da luta pela memória e pela verdade no Brasil.